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terça-feira, 21 de março de 2017

INVESTIMENTOS NA BAHIA

Chineses passam a semana na Bahia para confirmar interesse na Fiol e Porto Sul


Uma visita de uma semana a Bahia, que finalizou com um almoço com o governador Rui Costa e passagem pelo Camarote Villa Mix, confirmou o interesse de duas grandes empresas do país asiático em participar nas obras do trecho baiano da Ferrovia Oeste-Leste e do Porto Sul, que estavam paradas por falta de recurso. Desde o ano passado, o governo vem tratando com empresas chinesas para dar continuidade ao negócio. 
Uma comitiva de quinze chineses, que inclui empresários, técnicos e o embaixador da China no Brasil, esteve visitando o trecho que vai de Barreiras até Ilhéus para verificar se existem negócios que viabilizem a exploração da ferrovia e do porto, segundo revelou o próprio governador na tarde desta segunda-feira (27).
“Eles estão convictos a participar da licitação do governo federal da Ferrovia Oeste-Leste (Caetité até Ilhéus) e de Caetité até a divisa da Bahia. Eu afirmei que o governo do estado tem tanto interesse nesta ferrovia que se dispõe a colocar algum recurso para ela chegar não só até Caetité, mas até a divisa da Bahia”. A previsão do governo é que as obras estejam em curso ainda este ano. 
Quanto ao porto sul, uma empresa chinesa pretende entrar com uma sociedade com a Bahia Mineração (Bamin), empresa que venceu a licitação para construção e operação do equipamento. O governador em pessoa vai mediar a conversa com os sócios da companhia brasileira e com o banco chinês que vai financiar os negócios. Os dois projetos custarão ao todo uma soma de R$ 6 bilhões. 
Ponte Salvador-Itaparica 
A polêmica iniciativa que liga a capital baiana à Ilha de Itaparica também é do interesse dos chineses e vem sido objeto de conversas do governo entre as partes há meses. Os empresários asiáticos estão com o projeto em mãos e pretendem fazer modificações que diminuam o custo final da estrutura, que hoje é de R$ 8 bilhões. Alternativas estão sendo estudadas em termos de financiamento e remuneração da ponte. 
“Dos 100% da ponte, dá para pagar entre 40% e 50% em até 30 anos de concessão com o valor do pedágio. Outros 50% nós precisamos viabilizar, 20% o governo teria condições de custear e o restante teria que ser financiado ou pelo governo federal ou empresários do setor imobiliário que se beneficiarão com a construção da ponte”, calculou Rui. 
O governador apontou que os empresários asiáticos realizar negócios com este tipo modelo de financiamento, em que estas incorporadoras contribuem para pagar uma obra que vai resultar em expansão imobiliária. Porém, ele ressaltou que já foram iniciadas conversas com o governo federal para que o mesmo entre com os R$ 2,4 bilhões que faltam para fechar a conta. 

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