COMO VOCÊ AVALIA O PRIMEIRO ANO DO GOVERNO DE ANA PAULA???

quinta-feira, 18 de maio de 2017

BRASIL: TEMER DECIDE RENUNCIAR, AFIRMA COLUNISTA DE O GLOBO

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O colunista Ricardo Noblat, do Jornal O GLOBO, noticiou agora há pouco, que o presidente Michel Temer está pronto para anunciar sua renúncia ao cargo e deverá fazê-lo ainda hoje.

Segundo o colunista, Temer já conversou a respeito com alguns ministros de Estado e, pessoalmente, acompanha a redação do pronunciamento que informará o país a respeito.
Rodrigo Maia (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, já teria sido avisado sobre a decisão de Temer. Ele o substituirá como previsto na Constituição, convocando o Congresso para que eleja o novo presidente que governará o país até o final de 2018.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

BARRO PRETO: SECRETARIA DE AGRICULTURA E TÉCNICOS DA AMURC INICIAM CADASTRO DE PRODUTORES PARA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA


Uma equipe do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável – Litoral Sul, através dos técnicos Josivaldo Dias e Osanar Nascimento, está realizando uma série de visitas aos municípios associados para o processo de cadastro e georreferenciamento de 4 mil propriedades rurais. O projeto é fruto de um convênio firmado entre o CDS-LS, Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA) e a Secretaria de Agricultura e meio ambiente de Barro Preto.

A Reunião também contou com a presença da Equipe do Banco do Nordeste, representados por Brendo Oliveira e Eliseu Lima do Agroamigo e Dermival Neto, Gerente do PRONAF.
Além desses, estiveram presentes técnicos da BAHIATER realizando o mutirão de DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf). 
O projeto tem a duração de 12 meses e visa estimular o desenvolvimento rural, através do acesso ao crédito e políticas públicas, propiciar melhores condições de trabalho e renda no campo, bem como, promover a cidadania, autonomia, a dignidade e a fixação do homem na zona rural.
Essas parcerias que trazem benefícios para comunidade é um pedido constante da prefeita Ana Paula, para que a cada dia possamos viabilizar e trazer mais parceiros para a cidade e para o homem do campo. A Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente,  através da secretária Adrizza Correia, vêm  acelerando esses processos para a melhoria das condições de produção e vida digna ao homem do campo.

BARRO PRETO: MULHER CAI DE MOTO E FRATURA A PERNA

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Reprodução

Uma motociclista conhecida como "Noca" transitava na Rua Cândido Lima, centro de Barro Preto, Bahia, na tarde desta terça-feira (17), quando sofreu um grave acidente. Ela foi socorrida por transeuntes e levada para o Hospital e Maternidade Nossa Senhora da Conceição. A mesma foi atendida pelo médico plantonista e recebeu os primeiros atendimentos e imediatamente foi transferida para o Hospital de Base de Itabuna onde recebeu atendimento de um especialista, após a realização de exames constatou-se uma fratura na perna da motociclista.

De acordo com as informações levantadas pela reportagem do BP NEWS, a vítima trefegava em alta velocidade pelo centro da cidade quando ao perceber um redutor de velocidade, tentou frear a motocicleta vindo a perder o controle e cair.
Após cair, a mulher e a moto teriam se arrastado por alguns metros no calçamento da artéria.
Em entrevista à reportagem do BP NEWS, algumas testemunhas que presenciaram o acidente informaram que a motociclista por estar transitando sem os equipamentos de segurança, sofreu diversas escoriações e foi levada com muitas dores ao hospital.


HOJE É DIA DE LUTA CONTRA HOMOFOBIA

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Hoje comemora-se o Dia Internacional Contra a Homofobia.

Também conhecido como “Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia”, esta data visa conscientizar a população em geral sobre a luta contra a discriminação dos homossexuais, transexuais e transgêneros.
A homofobia consiste no ódio e repulsa por homossexuais, atitude esta que deve ser combatida para que possamos formar uma sociedade que esteja baseada na tolerância e respeito ao próximo, independente da sua orientação sexual.
Ainda existe um grande preconceito contra os homossexuais na maioria das sociedades que, infelizmente, se reflete em atos desumanos de violência extrema contra esses indivíduos.
Vale ressaltar que o objetivo desta data é debater os mais variados tipos de preconceitos contra as diferentes orientações sexuais e identidades de gênero, além de gerar o desenvolvimento de uma conscientização civil sobre a importância da criminalização da homofobia.
Origem do Dia Internacional Contra a Homofobia
O Dia Internacional Contra a Homofobia (International Day Against Homophobia, em inglês) é comemorado em 17 de maio em homenagem a data em que o termo “homossexualismo” passou a ser desconsiderado e a homossexualidade foi excluída da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 17 de maio de 1990.
No Brasil, esta data está incluída no calendário oficial do país desde 2010.

ITACARÉ: TRE CASSA MANDATO DE 6 VEREADORES


O juiz da 198ª Zona Eleitoral de Uruçuca, Daniel Álvaro Ramos, cassou mandatos de seis vereadores de Itacaré, no sul da Bahia, nesta terça (16), eleitos pelas coligações PSDB/PC do B/PV/PSD, PRB/SD e PSB/PSL. A decisão atinge os vereadores Givaldo José Anes Machado (Givaldo da Ambulância), Hamilton Soares Carriço Neto, Miguel Pereira dos Santos (Miguel da Matinha), Milton Ramos da Costa, José dos Santos Ribeiro (Benildo da Passagem) e Hamilton Silva da Paixão. A nulidade dos votos e cassação dos mandatos foram pedidos pelo PMDB, que acusou as coligações formadas por PRB/SD e PSB/PSL de usarem nomes de 15 mulheres apenas para “compor percentual mínimo de gênero previsto no dispositivo legal em análise”, segundo anotou Daniel Álvaro Ramos, em duas das coligações. O Ministério Público já havia se manifestado pela procedência do pedido, “mantendo-se o quociente eleitoral e os quocientes partidários já que os votos destinados à coligação dos réus eram válidos considerando o dia da eleição”. As 15 candidaturas femininas ao Legislativo de Itacaré foram indeferidas. Lindalva Queiroz de Pina e Cláudia Regina Paulina Cruz afirmavam que não eram candidatas. Cláudia Regina se posicionou por meio da internet, em redes sociais, segundo a investigação, para dizer que não era candidata. Lindalva nem sabia do registro do seu nome. 

segunda-feira, 15 de maio de 2017

BARRO PRETO: PREFEITURA E SECRETARIA DE EDUCAÇÃO RENOVAM COM O SENAR O PROJETO DESPERTAR

Nos dias 10 e 11 de maio aconteceu no município de Barro Preto, Bahia, a formação continuada do Programa Despertar. Em parceria com o SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais Local, a Prefeitura Municipal, que, neste evento esteve representado pelo vice-prefeito José Mariano, e através da Secretaria Municipal de Educação do Campo proporcionou as unidades escolares do meio rural dois dias de aprofundamento sobre a continuidade do programa na rede municipal de ensino. O Programa Despertar foi implantado no município no ano de 2006. Neste ano de 2017, a prefeita Ana Paula e o secretário de educação Arley Soares, assinaram o termo de cooperação técnica com o SENAR, se comprometendo a apoiar às ações desenvolvidas no município pelo programa. 
Segundo a coordenadoria municipal do Programa Despertar, Jacirlene Bispo "o programa vem dar empoderamento as famílias do campo. Proporcionando meios de subsistência, através das ações a serem realizadas, além do respeito e cuidado com os recursos naturais. Precisamos despertar em nossas crianças o cuidado com o meio ambiente" reafirma o secretário de educação Arley Soares.
Além de reafirmar o empoderamento das famílias do campo, temos o compromisso local de cuidar do meio ambiente. "Está em nossas mãos transmitir para as novas gerações  o que precisamos estar em sintonia com o meio ambiente. Esse cuidado precisa ser reforçado em nossas escolas, nossos professores estão preparados para iniciarem as ações do programa, relata o vice prefeito José Mariano. 




BARRO PRETO: ÔNIBUS DESTRÓI TELHADO DE POSTO DE SAÚDE

A reportagem do BP NEWS, acaba de flagrar um acidente, onde o motorista de um ônibus do transporte escolar perdeu o controle da direção e bateu na frente do posto de saúde em Barro Preto, sul da Bahia. Essa é a Unidade de Saúde da Família (USF) Eanes Ricardo localizada na Rua José Alberto Costa no centro da cidade. A colisão aconteceu no fim da tarde deste domingo (14), informaram moradores do local. 
Segundo moradores o ônibus envolvido no acidente, realiza transporte de estudantes do município e atingiu o telhado da cobertura da recepção do posto de saúde que ficou totalmente destruída. Moradores da região relatam que o acidente aconteceu após o motorista realizar uma manobra sem o cuidado necessário para tal procedimento. Segundo algumas testemunhas o veículo faz parte da frota municipal terceirizada e no momento era dirigido por um motorista conhecido pelo prenome de Paixão, que após danificar o telhado do posto de saúde, o motorista evadiu-se do local e não houve feridos. 

BARRO PRETO: PREFEITA ANA PAULA PARTICIPA DA XX MARCHA DOS PREFEITOS


Centenas de prefeitos estão nesta semana participando em Brasília da XX Marcha dos Prefeitos que servirá para pressionar o presidente Michel Temer (PMDB) por uma pauta municipalista que inclui o “encontro de contas” entre governo federal e municípios, a redução do custeio das máquinas públicas e o repasse de recursos financeiros condizentes com as competências estabelecidas pelo pacto federativo visando principalmente fortalecer os pequenos municípios e Barro Preto se inclui. Com base nessas e outras lutas, buscando mais atenção do governo federal, a prefeita de Barro Preto Ana Paula, está participando de 15 a 18 deste mês da Marcha dos Prefeitos em Brasília. "Como prefeita e preocupada com a boa gestão do município tenho obrigação de participar deste e de outros eventos porque conheço as reais necessidades do meu povo.

COEFICIENTE
Barro Preto possui um coeficiente de 0.6 de fundo de participação dos municípios, (FPM). "O governo federal tem centenas de programas e todos eles necessitam da ação e de pessoal da prefeitura, na contramão vem às leis que nos penalizam ao extrapolar o gasto principalmente com pessoal".
"Os pequenos Municípios como Barro Preto são vítimas das transferências de responsabilidades e desigualdades financeiras. Não é possível aceitar que o desequilíbrio nos repasses federativo continue a assombrar os municípios, principalmente Barro Preto que é a parte mais fraca", afirmou a prefeita Ana Paula. 

HOMENAGEM DA PREFEITURA DE BARRO PRETO AOS ASSISTENTES SOCIAIS


ILHÉUS: CARNE VENCIDA HÁ DOIS ANOS É SERVIDA NA MERENDA ESCOLAR

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Pelo título, até parece a Operação Carne Fraca. Porém, não. É a Citrus, de Ilhéus, deflagrada em março deste ano e responsável por desmantelar esquema que movimentou, ilegalmente, mais de R$ 25 milhões no município sul-baiano, de 2009 a 2016, segundo o Ministério Público Estadual da Bahia (MP-BA).

As investigações da promotoria ilheense e da Polícia Civil detectaram que empresas forneciam carne vencida há mais de dois anos para a merenda escolar na rede municipal de Ilhéus. Quem fez a revelação foi o promotor público Frank Ferrari em entrevista que vai ao ar no próximo domingo (14), Dia das Mães,  no Fantástico, da Rede Globo. É o quadro Cadê o dinheiro que tava aqui?.
Resultado de imagem para CARNE VENCIDA NA MERENDANo último dia 13 de abril, o repórter Eduardo Faustini, o “repórter secreto”, esteve em Ilhéus onde preparava reportagem especial sobre o esquema de corrupção que levou para trás das grades o vereador Jamil Ocké, ex-secretário de Desenvolvimento Social de Ilhéus, além do empresário Enoch Andrade e o também ex-secretário Kácio Brandão, que comandou a secretaria quando Jamil retornou à Câmara. Outras três pessoas presas já estão livres.
Kácio, Jamil e Enoch continuam no Presídio Ariston Cardoso, em Ilhéus. O trio foi preso na Operação Citrus no dia 21 de março. Segundo o MP, o esquema movimentou o dinheiro com licitações fraudulentas, compras superfaturadas e, sabe-se agora, entregando mercadorias vencidas há dois anos.
A matéria do Fantástico, além de mostrar todo o esquema de corrupção, também revela as condições de escolas municipais de Ilhéus. Estruturas de madeira e em ruína e móveis velhos, com a rede oferecendo péssimas condições de aprendizagem para os alunos.

BRASIL: O CRÉDITO DE CARBONO SERÁ A NOVA COMMODITY BRASILEIRA

Floresta brasileira ; meio ambiente ; sustentabilidade ; crédito de carbono ; desmatamento ; reflorestamento ;  (Foto: Shutterstock)Nunca o mundo precisou tanto das florestas brasileiras - e isso poderá ser uma enorme oportunidade para o país. É o que defende Elizabeth de Carvalhaes, presidente do Ibá, associação que reúne empresas dependentes de madeira e investidores de florestas plantadas no Brasil. Para ela, a busca por uma indústria de baixo carbono - obrigação que hoje faz parte da agenda dos 195 países signatários do Acordo de Paris - dará ao Brasil a  a chance de, finalmente, decolar, transformando-se no maior exportador mundial de serviços ambientais. "O mundo precisará cada vez mais de madeira e de crédito de carbono", diz ela. "Nós somos o país com o maior potencial para entregar tudo isso."
Chefe do International Council of Forest and Paper Associations (ICFPA), o cargo institucional máximo do setor de base florestal mundial, Elizabeth estará nesta semana na Alemanha, onde discute em reuniões com a ONU e empresários de 19 países soluções para ajudar a deslanchar o acordo de clima - fazendo rodar o promissor mercado de créditos de carbono. "Não tenho dúvida que essa será a nova commodity brasileira", diz Elizabeth. "É muito maior que o pré-sal". Nesta entrevista à ÉPOCA NEGÓCIOS, ela explica os motivos de seu otimismo e aponta os desafios a serem superados para que o país não deixe a oportunidade passar.
Por que o otimismo em relação às perspectivas para os negócios ambientais no Brasil?
De todas as tarefas dificílimas estabelecidas na Conferência do Clima de Paris (COP-21), há a mais difícil de todas elas que é a migração mundial para uma indústria de baixo carbono. Não estamos falando de um ou dois países, mas de 195 nações que assinaram o acordo e, agora, precisam de alternativas para cumprirem suas metas. Isso passa necessariamente pela substituição de combustível de origem fóssil por energia limpa. A madeira é uma das alternativas para essa migração. Talvez a mais importante delas. Vem daí - somado ao aumento populacional - a estimativa da FAO (órgão das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) de que a demanda por madeira vai triplicar até 2050, chegando a 8 bilhões de metros cúbicos por ano. Isso é mais ou menos 250 milhões de hectares adicionais de florestas, uma área equivalente à soma dos territórios de Espanha, França, Itália, Alemanha, Finlândia e Noruega. Nós temos madeira. Nós temos produtos da madeira que são combustível limpo, como a lignina. Com nossas opções de energia limpa, mais nossas florestas, que removem carbono, o Brasil pode ser a solução para muitos países que não têm mais áreas para plantio e vão precisar adquirir créditos de outros lugares.
De que maneira essa maior demanda por madeira e a busca por uma indústria de baixo carbono podem ajudar o Brasil, para além da indústria de floresta e celulose?
Todos os setores brasileiros vão se beneficiar, entre outras coisas, porque essa demanda pode impulsionar o mercado de crédito de carbono em todo o mundo. Nós temos, comparativamente a países como Estados Unidos ou China, uma indústria de baixo carbono. Temos, além disso, possibilidades para reduzir emissões em diferentes atividades. Os outros países só tem ônus. Não têm onde plantar, não têm como reduzir a atividade. O Brasil vai, sem dúvida, aparecer como solução. O Brasil é famoso por exportar commodities. Agora vai exportar serviços ambientais.
A oferta desses serviços poderia substituir a importância das commodities na nossa economia?
São coisas paralelas. Se tirar commodity, eu mato a galinha dos ovos de ouro. O Brasil vai exportar commodities e também superávits de carbono e mais uma gama de serviços ambientais.
Então, isso será uma nova commodity?
Ah, isso, sem dúvida. É a commodity do futuro. E pode ser melhor que o pré-sal. Quantos pré-sal não valem nossas florestas ou o potencial que temos de ser superavitários em créditos de carbono? Essa é a chance de o Brasil decolar. Durante muitos anos, todo mundo ficou falando do gigante adormecido, sem saber direito como acordar esse gigante. Pois está aí: a conferência do clima com as demandas por uma indústria global de baixo carbono abre muitas perspectivas para um país como o Brasil. Não dá para perder essa oportunidade. Mas, para isso, é preciso fazer a lição de casa.

Qual seria a lição de casa do Brasil?
São tarefas difíceis. Precisamos dar valor econômico às nossas florestas. E aí é preciso extrapolar o setor de florestas plantadas, que é o qual eu represento. A plantada, nesse cenário, é o de menos. Você só pode dar valor econômico a uma floresta como a Amazônia, por exemplo, terminando como o desmatamento. E por desmatamento, entenda-se, desmatamento ilegal.  A Amazônia tem que ser explorada economicamente. Tem 20 milhões de brasileiros que moram lá. Há formas para aproveitar a floresta, com manejo sustentável. Já tem empresas fazendo isso bem, como a AMATA. Os mecanismos estão aí. Agora, precisamos chegar a um conceito comum. E isso não é fácil. Precisamos criar também um mercado interno para os créditos de carbono, que é uma maneira de valorar a floresta e beneficiar aqueles que fazem a coisa direito. O governo brasileiro vem fazendo estudos nesse sentido, de como seria o mercado doméstico de carbono. Isso não está pronto, mas está acontecendo.

Como isso se aplica na prática? Poderia dar um exemplo?
No meu setor, por exemplo, precisamos de energia para alimentar as caldeiras na produção de celulose. Hoje, boa parte da produção já é feita a partir de combustíveis menos poluentes. Quando a indústria faz essa migração - de trocar diesel por lignina, por exemplo -, o impacto no meio ambiente diminui. Esse ganho, esse saldo pode ser precificado e negociado. Pense no pequeno produtor rural. Se ele faz bom uso do solo, dos recursos hídricos, ele capturou carbono. Esse cara precisa ser compensado. Há processos industriais que são impactantes no meio ambiente e serão sempre. Esses setores mais importantes podem compensar - financeiramente - aqueles que operam com baixa emissão e tem um saldo, um crédito a oferecer ao mercado.

O mercado de carbono é discutido há muito tempo. O que muda agora?
Hoje, 40 regiões no mundo já precificaram o carbono e tem um mercado operante. Alguns exemplos estão na costa oeste dos Estados Unidos até Quebec, no Canadá, há outros 14 lugares na China e também na Austrália e Nova Zelândia. O que eles fazem é estimular o mercado, via benefícios para quem consome produtos com baixo carbono ou via taxação para indústrias que não cumprem determinadas metas. Mas são políticas domésticas, não há um marco regulatório. Parte do trabalho agora, que é o desdobramento da COP0-21, é olhar esses sistemas, ajustar, readaptar, criar regras que possam funcionar para as mais de 190 nações. Esse é o desafio, a grande tarefa até 2020. É o ponto principal - desenvolver o artigo 6 do acordo, criando os mecanismos de mercado para que a coisa possa acontecer em todo planeta.

A sra. faz parte do Conselhão (órgão criado em 2003 pelo governo Lula, reunindo dezenas de empresários e representantes de classe para discutir com o Executivo políticas públicas para o desenvolvimento econômico). As questões ambientais têm sido colocadas à mesa? Qual é a avaliação interna do governo sobre a prioridade de desenvolver esses serviços ambientais?
No Conselhão, essa matéria aparece ainda um pouco diluída. Hoje, são as grandes reformas estruturais que tomam conta da agenda - previdenciária, trabalhista. A gente discute coisas de curtíssimo prazo. Mas resolvidas as questões mais estruturais, que incluem ainda reforma tributária, fiscal, a gente precisa consolidar o mercado de carbono no Brasil. Como já disse, não podemos perder essa oportunidade. Ela é muito importante para o país.

Mas como promover esse avanço?
Isso é algo que já aconteceu repetidas vezes na história da economia - como fazer A chegar em B? Com incentivo. Precisa de políticas políticas. Mas esse é um mercado que não pode depender exclusivamente de políticas públicas. Não há capacidade nos tesouros de governo para colocar as exigências da conferência do clima em pé. Não é somente no Brasil. É em qualquer lugar. Então, é preciso pensar em uma sistema que seja capaz de se retroalimentar. O dinheiro para a melhoria climática vai vir das próprias ações para a melhoria climática. Lá atrás, falava-se em conferência de clima e todo mundo pensava em bicho-grilo, natureba. Isso acabou. Não estamos tratando apenas de meio ambiente, mas de economia, de dinheiro, money. É assim que as coisas vão funcionar.