COMO VOCÊ AVALIA O PRIMEIRO ANO DO GOVERNO DE ANA PAULA???

segunda-feira, 1 de maio de 2017

DEPUTADOS TORRAM R$ 218 MILHÕES COM PASSAGENS E OUTROS BENEFÍCIOS


Eleitos para representar a população em um dos parlamentos mais generosos do mundo, os deputados brasileiros gastaram no ano passado em passagens aéreas, diárias, manutenção de escritório político, consultorias, divulgação da atividade parlamentar, contas de telefone celular e outros gastos um total de R$ 218 milhões. Dividindo o valor pelas 513 vagas de deputados, temos uma média de gastos de R$ 425 mil por parlamentar, quase meio milhão de reais. Os gastos são todos bancados pelo contribuinte e estão previstos na legislação brasileira. 

A generosa verba administrativa chama-se 'cota parlamentar', ou 'cotão', justamente pela sua envergadura. Além dela, os deputados recebem  salário de R$ 33.763, verba de gabinete mensal de R$ 97.116,13 (para contratar até 25 secretários parlamentares que ficam na Câmara ou no Estado de origem) e auxílio-moradia no valor de R$ 4.253 (caso não ocupem um apartamento funcional, que tem todos os gastos, como móveis, eletrodomésticos e toda a manutenção pagos pela Câmara). Além disso, têm ressarcimento total de gastos com saúde fora do ambulatório da Câmara e dois salários extras no início e fim de cada legislatura para despesas com mudança.  
Resultado de imagem para DEPUTADO ESBANJANDO
Os dados da cota gasta em 2016 estão disponíveis no site da Câmara dos Deputados, mas para se chegar ao total gasto pelos deputados foi feito um levantamento por deputado e depois a soma. 

O COTÃO
De acordo com os atos da mesa diretora da Câmara dos Deputados (43 de 2009 e 121 de 2013) os deputados brasileiros podem gastar entre R$ 30.788,66 e R$ 45.612,53 por mês em diversas atividades, como passagens aéreas para o parlamentar e assessores, manutenção de escritórios, consultorias, segurança particular, assinaturas de jornais e revistas, alimentação entre outros. O valor varia de acordo com o Estado de origem do deputado, já que envolve os deslocamentos (o menor é para parlamentares do DF  e o maior para os de Roraima) e é reajustado anualmente por índice de inflação. Todos os gastos precisam ser comprovados por meio de nota fiscal ou recibo. A prestação de contas é pública embora alguns documentos, como os que contém dados telefônicos, protegidos por sigilo, não sejam divulgados.  
O recordista de gastos no ano passado foi o deputado Hiran Gonçalves (PP-RR). No ano, ele gastou R$ 557.400,26. O total é superior a doze vezes a cota de R$ 45.612,53 destinada por mês aos deputados de Roraima. Mas, o deputado exerceu o cargo de vice-presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, o que lhe dá direito, de acordo com ato 43 de 2009 da mesa diretora, a mais R$ 1.353,04 por mês, aumentado o seu cotão para R$ 46.965,57, que multiplicados por doze resultam em R$ 563.586,84. 
O deputado usou quase toda a sua cota para pagar os gastos do escritório político, entre R$ 3.799 e R$ 5.881 por mês, além de telefone, correios, passagens aéreas, alimentação, hospedagem, combustível, estacionamento e pedágios, aluguel de carros, segurança, divulgação de atividade parlamentar e consultorias e trabalhos técnicos. Apesar de ser um deputado de Roraima, o volume maior de gastos em 2016 não foi com passagens aéreas, que somaram R$ 98.152,03. E sim em divulgação da atividade parlamentar, que consumiu quase o dobro, ou R$ 160.390 no ano, com o valor de R$ 39.590 apenas no mês de maio. 
O parlamentar também gastou R$ 86.400 no ano com aluguel de carro. Alguns gastos têm os mesmos valores todos os meses, como R$ 4 mil mensais em segurança (exeto em março, R$ 8.300 e dezembro, quando não houve esse gasto), e outros variam bastante, como o gasto com Correios, que chegou a R$ 7.769,19 no mês de setembro e foi de R$ 67,50 no mês de janeiro. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

DEIXE AQUI O SEU COMENTÁRIO.