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sábado, 15 de abril de 2017

JOGO VIRTUAL LEVA JOVEM AO SUICÍDIO

Reprodução/Facebook
Baleia Azul poderia perfeitamente ser o título de um livro infantil, desses que levam as crianças a navegar pelos sete mares, a conhecer mundos distantes e dar asas à imaginação. Mas, na realidade, trata-se de um perverso e perigoso jogo virtual, que entrou em cena na Rússia, já chegou ao Brasil e, ao que tudo indica, está ligado à morte de Gabriel Antônio dos Santos Cabral, de 19 anos, em Pará de Minas. Nesse game, crianças e adolescentes são induzidos por um “mentor” a cumprir 50 tarefas diferentes, uma por dia, até o derradeiro desafio: tirar a própria vida. Enquanto isso, chega ao público uma nova série, que aborda temas como bullying e preconceito, na história de uma jovem e das 13 razões que a levaram ao suicídio. Essa fatalidade, de acordo com o Centro de Valorização da Vida (CVV), antes maior no meio dos idosos, se sobressai agora entre os jovens. “Estamos diante de um mundo em transição. Os modelos universais que guiavam as instituições escola e família hoje são diversos e não mais universais. O momento contemporâneo é de incertezas, de fenômenos que nos apavoram”, afirma a psicopedagoga mineira e mestre em educação Jane Patrícia Haddad.

No jogo, que pode ter matado 130 jovens na Rússia, entre as tarefas a cumprir, estão a de superar o medo, acordar às 4h20 e subir no telhado mais alto que encontrar ou ainda ir para uma ponte e se sentar na beirada. A tragédia envolvendo Gabriel Antônio, pai de um bebê de apenas 40 dias, encontrado morto na manhã de quarta-feira pela mulher sobre a cama do casal, depois que ela voltou de pernoite na casa da mãe, é a primeira em investigação em Minas relacionada ao game, mas há sinais de comprometimento perigoso de outros jovens com o aplicativo. Em BH, Jane Haddad atendeu, no consultório, uma vítima dessa novidade. Nos primeiros anos do ensino fundamental, o garoto estava viciado num joguinho macabro e ganhava mais pontos à medida que matava mais velhinhas. Dez anos depois, ele retornou para atendimento, mas agora devido a outro desafio: derrubar o “mentor” do Baleia Azul. “Ele se envolveu tanto que quase chegou ao fim. Numa das tarefas, o adolescente desenhou a baleia no braço, mas, depois de enviar a foto em tempo real, o 'mentor' se mostrou insatisfeito, dizendo que havia pouco sangue e o acusou de não seguir as regras. Esse jogo é a nova 'modinha' assustadora e algo nele capta diretamente a fragilidade dos adolescentes”, afirma a psicopedagoga com formação em psicanálise.


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